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The Script na MEO Arena – Reportagem

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The Script na MEO Arena – Reportagem

Os The Script regressaram a um Portugal que já lhes é familiar esta quarta-feira, para subir ao palco da MEO Arena. Perante o tamanho do palco, questionava-me se a proximidade com os fãs que tinha visto no concerto do Campo Pequeno se iria manter. A resposta foi rápida e logo à primeira música a banda antecedia uma atuação que seria uma lição sobre como não deixar que um concerto de porte de estádio se torne frio.

Ainda antes de chegar ao palco, a banda caminhou por toda a plateia, ladeada por bandeiras com luzes verdes que condiziam com o tema «Paint The Town Green» (pintar a cidade de verde) – tema que abre o novo disco «No Sound Without Silence», e serviu também para abrir o concerto.A caminhada fez-se gloriosa, a pose rock, e o público aos pés deles. Ainda mal tinham começado, e já estavam a ganhar. Pouco depois chegaria «Breakeven», e o pedido para «cantarem tão alto que nós não nos ouçamos» foi acedido sem que fosse preciso repeti-lo.

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O repertório dos The Script parece ser todo feito de singles. O pop rock emotivo a crescer para refrães que pedem comunhão de vozes resulta em qualquer palco, e o lisboeta é disso exemplo. Quando chega «Superheroes» já o vocalista Danny O’Donoghue tinha a bandeira nacional às costas, e a chegada de «If You Could See Me Now» traz uma das maiores reações da noite. A letra projetada no ecrã atrás da banda facilita o karaoke do lado de cá do palco, e a canção – dedicatória do vocalista ao pai falecido – traz um dos mais emotivos momentos da noite.

É com «Man On The Wire» que chegam os The Script conversadores. O guitarrista Mark Sheehan conta como foi difícil para ele gravar um videoclipe nas alturas que tanto teme, e com «Nothing» repetem o truque já tinham utilizado em Lisboa, ao telefonar para uma ex-namorada de um fã da primeira fila. A mensagem contida no refrão da música é clara («better of now/ estou melhor agora»), e imagina-se o susto que quem estava do lado de lá da linha, Mariana, apanhou. Também repetida foi a cerveja bebida de uma vez só, e os olhares desviados perante o monumental arroto do vocalista Danny. Os The Script são cá da malta.

Já tinha falado da emoção óbvia que a maioria das canções dos The Script carregam. No concerto de Lisboa, o último da digressão europeia, essa emoção estava ainda mais à flor da pele, e saiu por todos os poros quando a banda se deslocou para o pequeno palco redondo no meio da arena, e arrancou com a delicada «Never Seen Anything (Quite Like You)». Feitos os agradecimentos pelos últimos oito anos, O’Donogue diz que este é o último concerto de sempre da banda…mas era brincadeirinha de Dia das Mentiras. O vocalista salvou o momento revelando que iam estar presentes no Festival Marés Vivas, a 18 de julho, e agradece o apoio com uma versão acústica de «Man Who Can’t Be Moved». O público retribui o carinho com uma dedicação impressionante, e canta afinado mesmo nos silêncios, o que parece comover a banda que olha em volta de sorriso aberto. De repente, o guitarrista fica a brilhar sozinho, e sem mais nem menos já Danny estava outra vez no meio do público, desta vez em caminhada cheia de obstáculos pelo balcão, de câmara na mão a filmar o momento. À chegada, «Six Degrees Of Separation» incendeia a loucura.

Já no encore, Mark Sheean surge em frente a um sol gigante para «The Energy Never Dies», mas é com «For The First Time» que percebo que os decibéis da plateia podiam ainda ser mais potentes. O tema é um dos maiores dos The Script, e lança a apoteose com que se deu por terminado o concerto, ao som de «No Good in Goodbye» – que transpira Coldplay – e «Hall of Fame», cuja explosão de confettis reforça a euforia.

Em «Good Ol’Days», os The Script sublinham que os momentos de hoje são os bons velhos tempos de amanhã, e é talvez por isso que a importância de criar um momento marcante a cada concerto parece ser tão importante para a banda. Ao ver uma plateia recheada de pais e filhos a cantar as mesmas canções em uníssono, casais abraçados ao som dos temas mais melosos, e adolescentes em polvorosa por se verem tão perto dos ídolos que lhes conseguem, literalmente, tocar, todos juntos em alegria sem pausas, fico com a certeza que essa missão foi cumprida, com toda a beleza que a comunhão musical carrega. Aprendamos: isto é um bom concerto.

As primeiras partes do concerto estiveram a cargo de Colton Avery e Tinie Tempah.

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