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Keep Razors Sharp em entrevista

©Divulgação oficial

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Keep Razors Sharp em entrevista

No ano passado, aos dois anos de idade, os Keep Razors Sharp lançaram o seu disco (homónimo) de estreia, merecendo o destaque de banda a deixar debaixo de olho em 2014. Afonso Rodrigues (Sean Riley & The Slowriders), Rai (Poppers), BB (Pernas de Alicate, Men Eater) e Bráulio (ex-Capitão Fantasma) passaram de amigos a colegas de banda e assim de banda passaram a «superbanda». Um projeto de rock fresco com tendências espaciais que pretende viajar ainda mais nos próximos tempos . Estivemos à conversa com o baixista Bráulio, que nos falou sobre novidades dos Keep Razors Sharp ouvir ainda este ano.

 

MYWAY: Em dezembro de 2013 vi um concerto vosso no Musicbox – penso que um dos vossos primeiros – e na altura tentei procurar um bocadinho o que é que vocês estavam ali a tocar, mas não consegui bem enquadrar-vos. Agora, depois de ouvir o vosso álbum, senti que já se tinham afirmado dentro de um estilo específico. Como é que aconteceu esse processo de moldagem até ao produto final?

Bráulio: Nós nunca procurámos seguir um estilo, nem nunca fomos atrás de nenhuma referência. Obviamente que todos temos algumas influências diferentes, algumas partilhadas, mas sobretudo queremos fazer rock. E pronto, a partir daí é relativo. As pessoas tendem a catalogar um bocadinho a música que ouvem – por géneros, categorias e subcategorias – nós apenas vemos como rock.

 

MYWAY: Então não dirias que os Keep Razors Sharp tenham enveredado pela via psicadélica?

Bráulio: Sim, é possível que sim. Aliás, sem dúvida que sim. Há algumas influências das coisas que ouvimos, que estão catalogadas como bandas psicadélicas. Todos ouvimos muito os Black Angels, os Black Rebel, Brian Jonestown… e essas coisas todas, que acabam por trazer um pouco para nós, porque é o que gostamos de ouvir. E acaba por surgir assim a nossa sonoridade, não fomos à procura de fazer rock psicadélico.

 

MYWAY: Uma das perguntas que eu tinha aqui era, curiosamente, sobre os Black Angels. Isto porque, na primeira vez em que eu ouvi o disco, ao tentar encontrar algo de semelhante ao meu ouvido, o primeiro nome que me veio à cabeça foi exatamente o dos Black Angels, com quem vocês tocaram no festival Reverence (Valada, Cartaxo)….

Bráulio:Sim, em palcos diferentes, mas sim, tocámos na mesma noite que eles.

 

MYWAY: E sentiram-se enquadrados?

Bráulio:Sim, todos nós gostámos muito do festival, achámos que foi uma iniciativa espetacular. Eu cheguei a ir no dia antes, e estava à espera de um festival para, sei lá, 600 ou 700 pessoas, e quando cheguei lá e vi a dimensão do festival fiquei surpreendido… com as pessoas que tinham ido, com o espaço, com as condições, estava tudo super bem organizado.

 

MYWAY: No ano passado vocês tiveram muitos concertos e um disco de estreia. O que é que este ano vai trazer de novo?

Bráulio:Nós, para já, estamos a meio da nossa tour pelo país, que tem corrido muito bem, posso-te dizer que temos algumas coisas na calha, que não posso revelar ainda, queremos sem dúvida este ano fazer mais qualquer coisa – diferente – mas não posso também para já adiantar muito. Mas se estiverem com atenção ao nosso Facebook vão acompanhando as proezas que estão para sair.

 

MYWAY: Outra das perguntas que eu também tinha aqui era, de facto, sobre se teriam algum disco novo na calha…

Não sei se será um disco, se será um EP, não sabemos ao certo o que vai ser, mas seguramente vamos ter qualquer coisa nova ainda este ano.

 

MYWAY: E sobre essa digressão… o que é que vos surpreendeu, o que é que vos marcou?

Bráulio: Tem sido espetacular, muito gratificante, em todos os espetáculos que temos tido sentimos que o público fica sempre satisfeito – o que é ótimo – e sobretudo para nós é espetacular ao fim de tão pouco tempo, depois de termos gravado um disco, termos tido toda esta aceitação à nossa volta. Estamos até um bocado sem palavras, porque não estávamos à espera que as coisas tomassem este caminho que tomaram. Obviamente que nos pusemos a jeito para que as coisas acontecessem, mas não estávamos à espera que em tão pouco tempo as coisas tomassem esta dimensão.

 

MYWAY: E achas que o facto de terem vindo de quatro bandas diferentes vos projetou mais? Apesar do facto de que todos os vossos projetos eram diferentes do que vocês estão a fazer agora, o que teoricamente significaria que os públicos não seriam os mesmos…

Bráulio:Não posso dizer que não, mas repara: nós, quando nos juntámos, éramos e somos há algum tempo, um grupo de amigos próximo. E quando surgiu a ideia da banda não foi por juntar determinado elemento de uma banda com outra; não foi de todo isso que aconteceu. Foi uma coisa que aconteceu muito naturalmente, não fomos atrás deste rótulo de superbanda que acabou por aparecer. Sobretudo fomos quatro amigos que se juntaram para tocar e naturalmente as coisas foram acontecendo.


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